Existem dezenas de publicações no Brasil e mais um sem número além de nossas fronteiras que tomam pelo menos um capítulo para discorrer sobre a evolução dos "esquemas táticos" no futebol.
Interessante que, seja para discutir em linha histórica suas modificações, seja para "fragmentar" seu funcionamento, é fato que quando convêm, esses "esquemas táticos" são tratados como a essência, a parte mais importante para uma vitória ou para uma derrota (vide as velhas/novas discussões sobre a equipe ser mais ou menos ofensiva por jogar com dois ou três zagueiros; três ou dois atacantes; dois ou um volante) e quando não, como algo sem importância, estanque, fotográfico, fora do contexto.
Existem, porém, duas coisas concretas, que ganham corpo através do olhar científico:
Em uma linha evolutivo-histórica os "esquemas táticos" no futebol têm evoluído de jogadores altamente especializados em defender ou atacar, para jogadores "gabaritados" para as duas coisas: atacar e defender (são os jogadores com habilidades "gerais específicas" ou "ger-específicas"). Notemos que por volta de 1863 o "esquema tático" utilizado era o 1-1-8, e em 2006 as duas seleções finalistas da Copa do Mundo da Alemanha se utilizaram em boa parte dos jogos o "esquema" 4-5-1 em que dos quatro da linha de defesa, alternadamente dois participavam de situações de ataque. Ou seja, no D-M-A (defesa-meio-ataque) dos "esquemas táticos", em 1863 o "D" era igual a 1 (e esse 1 altamente especializado em uma coisa só, defender), o "M" era igual a 1 e o "A" igual a 8 (também altamente especializados em uma coisa só, atacar). Hoje temos, por exemplo, tanto no 3-5-2, 4-4-2, 4-5-1 um "M" bem maior (5;4;5) e um "D" e um "A" não mais tão especializados (pois precisam de jogadores capazes de defender e atacar, assim como os da posição "M");
Os "esquemas táticos" na verdade são "plataformas de jogo", e não devem ser entendidos em suas partes (defesa, meio, ataque) para que se compreenda o todo, mas sim como sub-sistemas (dinâmicas, estratégias, táticas e interações) que compõem o todo. Em outras palavras, em vez de buscarmos compreender a linha de defesa, a de meio e a de ataque separadamente para compreender como joga uma equipe, devemos compreender as interações constantes no todo de acordo com as dinâmicas e situações de jogo, considerando o jogo como um todo (22 jogadores se movimentando dentro de uma lógica de equilíbrios e desequilíbrios que se alternam o tempo todo no confronto 11 x 11, que mesmo numa situação de conta-ataque (por exemplo) 4 x 3, o conflito continua sendo 11 x 11 - pois todos os jogadores se ocupam da circunstância, seja ela qual for).
Dessa forma, o novo paradigma ao se pensar em tática no futebol deve ser aquele que compreenda a complexidade do jogo, no qual todos os jogadores compõem os seus sistemas e sub-sistemas e participam do sistema defensivo ou ofensivo. Então, a grande evolução dos "esquemas de jogo" não está nos seus desenhos, mas no entendimento por parte dos jogadores do seu funcionamento, da lógica que orienta o "esquema", das possibilidades ofensivas e defensivas que surgem dele como todo.
Que diferenças existem entre a forma de se montar uma equipe para atuar no futebol brasileiro e no europeu?
Existe uma idéia (errada) de que os jogadores no Brasil não gostam de raciocinar taticamente e que não têm compromisso tático com sua equipe e treinador. Existe outra idéia (também errada) de que quando vão para a Europa eles são "obrigados" a se encaixar nas filosofias de trabalhos táticos e então se tornam mais "disciplinados" taticamente.
Não tenho receio em afirmar que os jogadores brasileiros são sim inteligentes para jogar e raciocinar sobre futebol; são sim capazes de se comprometer taticamente com sua equipe e treinador. A questão é que não são estimulados para isso, não são desafiados a compreender o jogo de futebol como jogo.
Existem diversos trabalhos na literatura científica, fora do futebol, com crianças e adolescentes que apontam para o fato de que os estímulos são potencialmente relevantes para o desenvolvimento da inteligência e que nós seres humanos temos grande potencial para desenvolvê-la. O que diferencia o maior desenvolvimento de alguns sobre outros é a qualidade dos estímulos a que são submetidos. É evidente que teremos pessoas com maior potencial do que outras; mas mesmo uma com potencial menor pode se desenvolver mais do que outra com maior potencial se receber estímulos mais adequados do que ela.
Com os jogadores de futebol não é diferente. Todos podem potencialmente participar de boas plataformas de jogo, colaborar de forma inteligente para o desempenho tático da equipe e responder com qualidade a variações dentro do jogo.
O fato é que se perde muito tempo nos treinamentos com partes do jogo que na realidade não fazem parte do contexto do jogo. Por exemplo: treina-se finalização a gol obrigando o jogador chutar 50, 80, 100 vezes a bola a gol depois de driblar um cone (e às vezes, o que é pior, a bola é passada de lado pelo próprio treinador). No jogo não existe cone fazendo a marcação. No jogo não vão existir 50 chances sem confronto contra um adversário que pode potencialmente atrapalhar a conclusão da mesma. No jogo o contexto é outro, bem diferente.
Então o jogador treina, treina e melhora no treino. E o que é pior: sustenta o paradigma de que treino é treino e jogo é jogo (quando deveria ser "treino é jogo e jogo é treino").
Um treinamento como o mencionado acima não desafia o jogador para refletir taticamente sobre o jogo. Os menos entusiasmados poderão dizer: "mas treino de finalização é treino técnico". Pois é, senhores, mais uma prova de que esse treinamento nada tem com o contexto do jogo; pois no jogo não é possível separar o que é técnico do que é tático, físico ou mental, porque tudo está acontecendo o tempo todo ao mesmo tempo.
Obviamente que esse "problema tático" vem das categorias de base, que investem incomparavelmente mais na captação de novos talentos do que na "formação" de novos talentos (mas isso é assunto para outro tipo de discussão).
Dentro desse cenário, não dá mais para acreditar que o jogador brasileiro vai jogar na Europa e "fica inteligente" taticamente (não acredito que a maior parte das equipes propiciem estímulos que sigam essa linha de raciocínio sobre a compreensão do jogo). Mas é fato que em alguns centros europeus é maior a proximidade entre a ciência das universidades e os grandes clubes de futebol, o que acaba transformando profissionais em bons profissionais (que exercitando conhecimento científico de ponta, possibilitam transformar jogadores em grandes jogadores e equipes em grandes equipes).
Essa proximidade faz com que o TODO seja mais exigente sob todos os aspectos. Quando o jogador chega à Europa, em alguns países, encontra um ambiente propício para o desenvolvimento da compreensão tática do jogo. O TODO se mantém e o jogador passa a compô-lo.
No Brasil, os ambientes trazem paradigmas engessados e muitas vezes acaba-se por fazer o que é possível em curto prazo: estruturar o "esquema tático" (plataforma de jogo) de acordo com os atletas que se têm.
Parece uma obviedade, mas ao nos atentarmos (por exemplo) para o fato de que José Mourinho no Porto trabalhou com a plataforma base no 4-3-3 mesmo alternando diversas vezes a escalação e a própria plataforma; que no Chelsea estruturou a mesma plataforma (4-3-3) com outros jogadores (com os mesmo grandes resultados) e que ele estrutura seu trabalho no paradigma de que os jogadores precisam compreender a lógica do jogo independente da plataforma; é plausível afirmar que é possível estimular os jogadores a entenderem qualquer plataforma de jogo, sem que seja necessário necessariamente adequar a plataforma aos jogadores.
Se o trabalho nas categorias de base estivesse melhor estruturado, para desafiar e estimular os jogadores a compreenderem o jogo, desenvolvendo-os técnica-tatica-física-mentalmente no contexto do próprio jogo, não seria necessário muito tempo para organizar qualquer plataforma concebida pelo treinador na equipe profissional.
Dentro da perspectiva mencionada anteriormente, ao analisarmos laterais e alas, ou a transição dos laterais para os ditos alas é interessante percebemos que os laterais eram jogadores que tinham como função principal auxiliar o setor defensivo. Aos poucos isso foi evoluindo, e o que era setor defensivo passou a contemplar o meio campo e logo em seguida o ataque. Percebam que essa "evolução" da defesa para o ataque representa um grande número de momentos de equilíbrios e desequilíbrios que resultaram em algo inesperado; se antes o lateral era especializado em marcar, hoje está se especializando em atacar, de tal forma que essa transição exigiu dos jogadores dessa posição maior capacidade ger-especializada para poder defender, armar e atacar. Se por um lado a transição exigiu o que exigiu, hoje a transformação de laterais em alas tem regredido ao ponto inicial; ao invés de um ger-especialista temos agora um especialista em atacar com dificuldades em marcar (antes era especialista nisso).
Então, num primeiro momento, a importância dada a essa posição fora pela possibilidade de, tendo um jogador ger-especialista poder transformá-lo em lateral ou ala de acordo com as necessidades do jogo. Hoje a importância se dá pela dificuldade em encontrar esse jogador (ger-especialista) já que ele está evoluindo (desculpem, regredindo!) para nova especialização.
A evolução dos laterais que só defendiam para realidade que existe hoje segue a tendência para todos os setores e funções do campo de jogo: o jogador especialista que tende a se transforma em ger-especialista; o jogador que só defendia ou só atacava ou só armava e que agora precisa saber defender e atacar e armar.
As possibilidades táticas a partir disso são inúmeras; independentemente da plataforma de jogo e de tal forma que o treinador de futebol terá que ser cada vez mais estrategista para poder conduzir a sua equipe durante o jogo.
Aí podem surgir perguntas, como por exemplo: "se os laterais à moda antiga vão acabar?". Se o "à moda antiga" se referir a jogadores altamente especializados em um tipo de ação, desestimulados a refletir sobre o jogo, seria prudente afirmar que os laterais ou outras posições com a função à moda antiga vão acabar. Vai acabar a função, e só ela.
Mas seria ótimo termos jogadores à moda antiga, que levavam da rua e do campo de terra batida a "inteligência ácida" que fazia do futebol um espetáculo que desafiava a criatividade de adversários, companheiros de equipe e torcedores.
O "fim da função como ela era" associado ao "êxodo" de atletas brasileiros para a Europa tem exigido cada vez mais de treinadores e comissões técnicas no Brasil, competência, conhecimento e sabedoria.
A evolução tática no mundo caminha para a compreensão da lógica que orienta o jogo de futebol. Em outras palavras, cada vez mais, buscar-se-á no futebol entender quais variáveis técnicas-táticas-físicas-mentais são determinantes para a vitória ou derrota no jogo e como treiná-las de forma contextualizada garantindo que o treino sirva de estímulo para desafiar o jogador a compreender o jogo.
No Brasil, caminhamos a passos bem curtos na direção da "evolução tática". Nas exceções encontramos equipes estáveis, que se encaminham para a direção certa. Mas mesmo as exceções estão atrasadas.
Infelizmente ainda se acredita que é o número de atacantes, ou zagueiros, ou volantes que deixa uma equipe mais ofensiva ou mais defensiva. Infelizmente, ainda se acredita que é treinando as partes do jogo (físico separado do tático, separado do técnico; técnico previsível e descontextualizado) que se prepara uma equipe para o "todo" que é o jogo. Infelizmente, poucas pessoas terão interesse em compreender o que fora mencionado nesse texto. Infelizmente, no nosso país, jogadores "derrubam" treinadores pela incapacidade e/ou impossibilidade de se criar ambientes propícios para o desenvolvimento profissional das equipes.
Enquanto acreditarmos que "evolução tática" se refere a qual "esquema tático" será a "vedete" da vez ou qual ("esquema tático") pode ser "criado" para dar mais consistência defensiva sem perder o poder ofensivo, eu diria que continuaremos vivendo na "Era Glacial Tática": tudo congelado!
E aí, melhor para os que estão à frente nesse caminho, porque continuarão à frente enquanto o futebol for pensado como sempre foi.
Os primeiros sistemas táticos
Muitos atacantes e pouca eficiência
Equipe Universidade do Futebol
O
futebol como conhecemos hoje teve sua origem na Inglaterra em 1823, mas
foi apenas em 1848 que as regras do jogo foram unificadas. Neste
período que antecedeu a criação da English Foot Ball Association
(Associação ou Federação Inglesa de Futebol), em 1863, não havia um
sistema de jogo ordenado e o passe era uma coisa raríssima de acontecer.
Jogava-se num 1-1-8 [um beque (back), um meio campista (half) e oito
atacantes (forwards)]. A única preocupação era fazer o maior número de
gols.
Posteriormente, de 1860 a 1885, aproximadamente, as equipes reforçaram levemente sua retaguarda. Em 1870 recuaram um atacante para o meio de campo (1-2-7) e logo no ano seguinte, os escoceses criaram aquilo que poderia se chamar de jogo coletivo, num confronto com a seleção inglesa, empregando o recurso do passe para avançar sobre o campo adversário. Isto ocorreu com o recuo de mais um jogador para a defesa e outro para o meio de campo, apresentando um desenho que pode ser chamado de 2-2-6. Como a Escócia venceu os ingleses, o sistema utilizado ficou consagrado.
Em 1883 os treinadores observaram a importância em conseguir um equilíbrio entre os setores defensivo e ofensivo. Foi quando criaram o Sistema Clássico (Piramidal), 2-3-5, que perdurou por mais de quatro décadas. No momento em que a equipe estava no ataque, os atletas dianteiros deslocavam-se em linha, facilitando a defesa adversária, pois naquele período a lei do impedimento ainda determinava que um atacante só teria condição de jogo se houvesse pelo menos três jogadores mais próximos da linha de fundo.
Essa regra de impedimento forçava os atacantes a correr com a bola nos pés e fazendo poucos passes para os companheiros de equipe, pois só poderiam ser realizados para trás, o que atrasava a jogada. Isto acontecia porque um zagueiro ficava perto da entrada da área e outro fixava-se próximo a linha do meio de campo, forçando os atacantes a recuar até o seu próprio campo para fugir do impedimento.
Se os britânicos já viviam essas experiências no futebol, foi somente em 1894 que o Brasil passaria a conhecer o esporte bretão, ano em que Charles William Miller retornou ao país depois de completar os estudos no Banister Court School, em Southampton, na Inglaterra, e jogar por algumas equipes (em menos de três anos o centroavante "Nipper" - apelido que recebeu por sua baixa estatura - atuou em 51 partidas e marcou 52 gols).
Bibliografia
DRUBSCKY, Ricardo. O universo tático do futebol - escola brasileira. Editora Health, 2003.
FRISSELLI, Ariobaldo & MANTOVANI, Marcelo. Futebol - teoria e prática. Phorte Editora, 1999.
LEAL, Júlio César. Futebol - arte e ofício. Editora Sprint, 2000.
MELO, Rogério Silva. Sistemas táticos para o futebol. Editora Sprint, 2001.
MENDES, Luiz. As táticas do futebol. Ediouro, 1979.
Posteriormente, de 1860 a 1885, aproximadamente, as equipes reforçaram levemente sua retaguarda. Em 1870 recuaram um atacante para o meio de campo (1-2-7) e logo no ano seguinte, os escoceses criaram aquilo que poderia se chamar de jogo coletivo, num confronto com a seleção inglesa, empregando o recurso do passe para avançar sobre o campo adversário. Isto ocorreu com o recuo de mais um jogador para a defesa e outro para o meio de campo, apresentando um desenho que pode ser chamado de 2-2-6. Como a Escócia venceu os ingleses, o sistema utilizado ficou consagrado.
Em 1883 os treinadores observaram a importância em conseguir um equilíbrio entre os setores defensivo e ofensivo. Foi quando criaram o Sistema Clássico (Piramidal), 2-3-5, que perdurou por mais de quatro décadas. No momento em que a equipe estava no ataque, os atletas dianteiros deslocavam-se em linha, facilitando a defesa adversária, pois naquele período a lei do impedimento ainda determinava que um atacante só teria condição de jogo se houvesse pelo menos três jogadores mais próximos da linha de fundo.
Essa regra de impedimento forçava os atacantes a correr com a bola nos pés e fazendo poucos passes para os companheiros de equipe, pois só poderiam ser realizados para trás, o que atrasava a jogada. Isto acontecia porque um zagueiro ficava perto da entrada da área e outro fixava-se próximo a linha do meio de campo, forçando os atacantes a recuar até o seu próprio campo para fugir do impedimento.
Se os britânicos já viviam essas experiências no futebol, foi somente em 1894 que o Brasil passaria a conhecer o esporte bretão, ano em que Charles William Miller retornou ao país depois de completar os estudos no Banister Court School, em Southampton, na Inglaterra, e jogar por algumas equipes (em menos de três anos o centroavante "Nipper" - apelido que recebeu por sua baixa estatura - atuou em 51 partidas e marcou 52 gols).
Bibliografia
DRUBSCKY, Ricardo. O universo tático do futebol - escola brasileira. Editora Health, 2003.
FRISSELLI, Ariobaldo & MANTOVANI, Marcelo. Futebol - teoria e prática. Phorte Editora, 1999.
LEAL, Júlio César. Futebol - arte e ofício. Editora Sprint, 2000.
MELO, Rogério Silva. Sistemas táticos para o futebol. Editora Sprint, 2001.
MENDES, Luiz. As táticas do futebol. Ediouro, 1979.
4-4-2, o amadurecimento dos sistemas táticos
O esquema pós-futebol total
Equipe Universidade do Futebol
O
futebol total apresentado na Copa do Mundo de 1974 já dava indícios de
que as estratégias táticas já não teriam mais o mesmo peso que sempre as
caracterizaram ao longo da evolução do futebol.A condição física do atleta, de lá para cá, passa a desempenhar um papel de grande importância para as equipes, pois os jogadores ganharam mais responsabilidades nos jogos, não limitando-se mais a cumprir aquilo que sua posição exigia. O bom jogador era (e é) aquele que sabia jogar com a bola nos pés, mas que também possuía inteligência tática, senso coletivo e preparo físico para também ajudar na marcação.
Assim, a distribuição dos atletas em campo, no 4-4-2 é de quatro defensores (dois zagueiros e dois alas), quatro jogadores no meio de campo (dois com função de marcação e outros dois com a responsabilidade de armar e, ocasionalmente, finalizar as jogadas) e dois atacantes.
São os volantes recuados que têm a obrigação de fazer a cobertura dos alas, quando estes partem para o ataque. Em algumas equipes mais cautelosas, há quem utilize três volantes de contenção e apenas um meia.
Nos primeiros anos de criação do 4-4-2, entre as temporadas de 1976/77 e 1981/82 alguns times europeus que o adotaram foram bem sucedidos, como os precursores times ingleses, que ganharam a Taça dos Campeões, com Liverpool, Nottingham Forest e Aston Villa.
A partir de 1982 a Itália também abraça o 4-4-2, mas bem à sua moda, ou seja, sem descuidar de sua retaguarda e marcando homem a homem. Nesse período, caracterizado pela euforia de ter vencido a Copa de 1982, surge a Juventus de Trappatoni no comando com Michel Platini brilhando dentro de campo; e o Milan de Arrigo Sacchi e Fabio Capello, com um timaço que tinha Gullit, Van Basten e Baresi, ganharam três Taças dos Campeões entre 1989 e 1994, fazendo marcação por zona.
Variantes
A França conquistou o título europeu de 1984 utilizando o 4-5-1 e a Noruega também jogou neste sistema na Copa da França, em 1998. Como variante do 4-4-2, um dos dois atacantes recua para compor o meio campo. Existem técnicos que optam de início por este sistema, escalando apenas um atacante.
O 4-5-1 passou a ser utilizado por algumas equipes quando seu adversário era claramente mais forte e apresentava ataques reconhecidamente perigosos. Este sistema apregoa muito mais a preocupação com a função que os jogadores desempenharão, do que especificamente com o respeito pela posição dentro de campo. Quando os jogadores de meio campo perdem a bola, eles procuram congestionar o setor. Com a posse de bola, os meio campistas aproximam-se até a entrada da área, seja para finalizar ou para buscar um companheiro melhor posicionado.
Nos momentos em que é preciso dificultar ao máximo as avançadas do time contrário, o 4-5-1 também pode transformar-se num 4-6-0, sistema que deixa muito congestionado o meio de campo, mas que não provoca nenhum incômodo à defesa inimiga.
Depois de ficar um pouco de lado, por causa do 3-5-2, o 4-4-2 está em alta, principalmente na Europa, onde vários times e seleções resgataram este sistema.
fonte: http://www.universidadedofutebol.com.br/ConteudoCapacitacao/Videos/Detalhe.aspx?id=334
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